quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um pouco de história

O Museu do Tropeiro foi criado em 1/12/1976, sendo inaugurado em 21/1/77, na gestão do Prefeito Lauro Lopes, a quem Castro deve o seu museu.
O eminente patrono do Museu do Tropeiro, professor Newton Carneiro, ao entrar pela primeira vez na casa que hoje abriga o museu, ficou tão entusiasmado com a autenticidade do estilo arquitetônico do prédio que, desde então, envidou todos os esforços para que algo de muito importante fosse, ali instalado. E o museu ganhou um amigo admirável.
Em todos os momentos, deu seu apoio integral na organização, na classificação das peças, na contribuição de objetos, na escolha mais acertada dos painéis, enfim, foi a alma na constituição deste museu.

No processo de adequação à realidade do mundo contemporâneo é necessário que o museu desenvolva uma reflexão sobre a sua própria história, que construa uma memória, não como era, repetição ou conservação do passado, mas a que se coloca a serviço da transformação e emancipação.
Talvez caiba a alguns museus, como sugere Maria Cecília França Lourenço, recuperar seu vigor inicial e os sentidos e valores que se agregaram na sua formação, encontrando soluções de equilíbrio entre a tradição e as demandas do mundo atual.
Talvez em pequenos museus, localizados em cidades do interior do país, dedicados à memória local, de grupos determinados ou indivíduos, se possa estar cumprindo a missão ou utopia de firmar o compromisso da instituição museológica com a ampliação da cidadania, entendida não somente como direitos reconhecidos pelo Estado, mas também como “práticas sociais e culturais que dão sentido de pertencimento e fazem com que se sintam diferentes os que possuem uma mesma língua, formas semelhantes de organização e de satisfação das necessidades”. (Trecho do Caderno de Diretrizes Museológicas)

Por que “Museu do Tropeiro”?

A Placa de Inauguração justifica a razão da denominação: “Castro surgiu graças ao tropeirismo. Este Museu visa homenagear essa fase decisiva da evolução brasileira para a qual o antigo Pouso do Iapó contribuiu de forma tão decisiva.”

Inauguração
Ainda da placa de inauguração: “Museu inaugurado a 21/01/77, na gestão do Prefeito Lauro Lopes e Vice-Prefeito Nelson E. Meyer, sendo Governador do Estado o Exmo. Sr. Jaime Canet Junior, Secretário da Educação Francisco Borsari Neto e Presidente da Câmara, Antonio Ramin Silveira. Contribuíram para sua instalação o Arquiteto Sérgio Todeschini, Professor Newton Carneiro e o museólogo Alfredo Rusins.

O Museu do Tropeiro foi oficializado pelas leis 13/75 e 71/76. A cultura faz a eternidade de um povo. O Museu é o espelho da cultura de um povo.

A Casa

A casa foi construída no século XVIII, de propriedade da família Carneiro Lobo. Casa de estuque, de fiel estilo. Pertenceu ao Padre Damaso, que a comprou de Francisco de Deos Martins e sua esposa Victoriana Alves da Nunciação.

Um comentário:

  1. O Museu do Tropeiro foi um marco na história de Castro, em uma época onde não se valoriza a história de um povo.
    Fico muito honrado de ter sido meu Pai quando Prefeito de Castro, Lauro Lopes, e sua equipe, ter a preocupação de preservar nossa história e deixar este legado ao povo castrense e ao País.
    Lauro Lopes foi o homem que idealizou e deu condições a pessoas preocupadas em preservar nossa história, como a saudosa professora Judith Carneiro de Mello e tantas outras que de alguma forma contribuíram e foram responsáveis pelo que hoje temos.
    A atual Diretora Dra. Lea Cardoso Vilela, meus parabéns pelo brilhante trabalho que tem feito a frente do Museu, mesmo com tantas dificuldades.
    Parabens também aos membros da associação Amigos do Museu do Tropeiro, que lutam para preservar, melhorar e manter nossa história viva.
    Pela riqueza que temos na nossa história e no nosso acervo, temos que lutar para que CASTRO seja conhecida como a CAPITAL NACIONAL DO TROPEIRISMO.
    Agradeço em nome de minha família o fato de lembrarem neste Blog, o nome de meu Pai como o Prefeito da época e o idealizador, e faço isso com muita honra e orgulho.
    Mozar Lopes

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