terça-feira, 25 de novembro de 2014

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL TÊM NOVA EXPERIÊNCIA EM VISITA AO MUSEU DO TROPEIRO


Na sexta-feira (21) pela manhã, o Museu do Tropeiro e Casa de Sinhara receberam a visita de alunos e professores da Associação de Pais e Amigos do Deficiente Visual (Apadevi), de Ponta Grossa. A ação proporcionou uma nova experiência tanto para os participantes da Apadevi que possuem grau severo de deficiência visual, quanto para os profissionais que trabalham nestes espaços histórico-culturais de Castro.  “Esta foi uma visita diferenciada, pois o Museu do Tropeiro é um museu tradicional e ainda não está preparado para a acessibilidade universal. Mas, como a visita foi agendada com antecedência, conseguimos nos preparar para atender ao grupo da melhor maneira possível. Assim, programamos uma visita em que os visitantes pudessem manusear os materiais e perceber as dimensões e textura de alguns objetos do Museu”, explica a coordenadora do Museu do Tropeiro, Amélia Podolan Flügel. 

                                                                                                                                                                                                

Ao chegarem ao Museu, os visitantes foram recepcionados em uma das salas. Neste espaço, Amélia e a historiadora e funcionária do Museu, Milena Mayer, contaram um pouco sobre o tropeirismo - atividade econômica que originou a cidade de Castro - como eram as viagens, e sobre os utensílios que eram utilizados pelos tropeiros durante os meses em que permaneciam fora de suas casas. Os visitantes também ouviram uma música que reproduz o som das tropas e canção de Silvestre Alves, o cancioneiro da Rota, sobre o cotidiano dos tropeiros.



                                 


                         


  

Em seguida, os visitantes – professores, alunos e alguns de seus familiares – puderam manusear alguns utensílios do Museu. Esta experiência foi acompanhada pela descrição feita por Amélia e Milena sobre a utilização destes materiais pelos tropeiros. Entre os objetos apresentados estiveram o cincerro - o sino que ia no pescoço da madrinha, a mula que seguia à frente da tropa –, cangalhas, e arreios. Também conheceram como era preparado o alimento no pouso tropeiro, com fogueiras feitas no chão, ferros de passar roupa a brasa, entre outros materiais da época. E, depois de conhecer um pouco do cotidiano dos tropeiros, o grupo seguiu para a Casa de Sinhara, onde foi vez de descobrir como era a vida das esposas dos tropeiros, que durante as viagens de seus maridos eram responsáveis por cuidar das propriedades. A Casa retrata o modo de vida e os costumes das mulheres do séc XIX. O passeio por Castro terminaria com visita à Fazenda Capão Alto.

E, os vários comentários, brincadeiras e perguntas dos visitantes deixou claro que eles aprovaram o passeio. “A gente vive muito na imaginação. Passeios como o que fizemos em Castro, que uniu informação e o manuseio nos objetos, nos permitiu sair da imaginação e conhecer melhor como era a vida dos tropeiros”, destaca Elaine Cristina Pereira Pinto Machado, uma das alunas da Apadevi. “E, como era difícil a vida deste tropeiros, os objeto são todos grandes e pesados”, opina. 


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